MEMÓRIAS CRISTALIZADAS

Ouço o coração palpitante. Neste agosto quente, continuas a tua jornada em busca de mais uma volta ao sol.

Sinto-te pulular, enquanto pela memória perduram fragmentos de um tempo que já vai longe, onde nunca tinhas preocupações. Hoje pululas com um fervor diferente, às vezes mais amargurado, outras mais relaxado.

No corpo brotam sonhos, na mente sacodem-se ânsias, ao mesmo tempo que o coração desgovernado tenta equilibrar duas forças antagónicas. Que se medem, que se debatem, na eterna contemplação entre a razão e o coração.

Tu coração, que de quando em vez, trazes à tona memórias outrora debeladas, que gritas um passado que perdura, que machuca e amargura, quando as nuvens mais cinzentas surgem, impedindo o teu brilhar.

Resplandece coração, encontra o brilho do teu palpitar. Encerra as memórias amarguradas e serve-te delas apenas para que te recordes que és forte e vais ganhar.

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