Olá,

conheça um pouco mais sobre mim:

O meu nome é Ana F. Pinheiro e este é o meu canto.

Gosto de ler, escrever e cozinhar.

Nasci em Faro, numa segunda-feira quente do agosto algarvio, a meio da década dos bons anos 80.

Cresci (e vivo) em Almancil, freguesia do concelho de Loulé, onde tenho quase toda a minha família. Rodeada de natureza, divertia-me a subir árvores ou a brincar aos inspetores, com um dicionário a fazer de computador.

Desde cedo, pela mão da minha habilidosa avó, deitei mão às palavras e às letras. Dela herdei o gosto pelas quadras populares; comecei a lê-las e a escrevê-las. Cheguei mesmo a ganhar um prémio no 9º ano, com um poema.

Escrevi sempre. Muito. Diários, esses pequenos consolos de folhas perfumadas. Confidentes dos dias difíceis. E das paixões adolescentes. Ainda os guardo.

O final do 3º ciclo trouxe-me a vontade de enveredar por um caminho diferente do ensino regular e completei o 12º ano numa escola profissional, onde me formei em Turismo.

Trabalhei alguns anos em Animação Turística antes de me decidir enveredar no ensino superior. Sozinha, sem bases (o ensino profissional era diferente do regular) abracei os livros e preparei-me para os exames nacionais. Fiz várias pesquisas de cursos, mas uma certeza me inundava – hotelaria e turismo não era uma opção. Trabalhar com pessoas, por pessoas, ser útil à sociedade e ao desenvolvimento levaram-me a optar pelo (antigo) curso de Educação e Intervenção Comunitária, na Universidade do Algarve, hoje (pós-Bolonha) Educação Social. Escrevi muito nos tempos de faculdade. Li ainda mais. Licenciei-me em 2008.

Veio a busca de trabalho e o desalento por não conseguir nada na área.

Depois veio o casamento e o primeiro filho. As responsabilidades da vida adulta fizeram-me voltar à hotelaria.

A leitura e a escrita abrandaram. A compra de livros reduziu, trocada pelas necessidades dos filhos (entretanto chegou o segundo rapaz).

Em 2020, o ano em que tanta coisa mudou em todo o mundo, também eu decidi mudar a minha vida. Já a trabalhar na área social, como Diretora Técnica de respostas sociais numa IPSS, decidi que estava na hora de fazer algo por mim.

O anúncio de uma Instituição local, da zona de Quarteira, mostrava um concurso de escrita criativa. Relembro as palavras da minha mãe “só perdes o valor da inscrição”. Tentei a minha sorte e inscrevi-me. Hoje posso dizer que este concurso foi o primeiro passo que me levou à reconciliação com a leitura e a escrita, adormecidos entre os afazeres diários.

Seguiram-se várias formações online que me permitiram ganhar conhecimentos e ferramentas, na escrita e noutras áreas, que me permitiram chegar ao momento em que estou hoje. Permiti-me soltar as minhas palavras e vê-las publicadas na coletânea de contos “Não vão os lobos soltar” foi um sonho concretizado. O conto “Enquanto minha mãe dormia” foi o primeiro das publicações que se seguiram.

Várias revistas literárias, das quais destaco a PALAVRAR – Ler e escrever é resistir, onde participo desde a sua fundação, antologias e até o Megafone do Público, são vários os registos por onde as minhas palavras deambulam.

A escrita trouxe-me várias descobertas, entre as quais eu própria me descobri. Trouxe-me várias pessoas. Conhecimentos e experiências memoráveis. Desbravei pelo desenvolvimento pessoal e o autoconhecimento. Permiti-me explorar novos domínios, superar medos e obstáculos. Conheci a Escrita Terapêutica e percebi que estava ali o que me motivava a ser mais e melhor. A fazer mais e melhor. Pelos outros. E por mim.

Frequentei várias formações. Certifiquei-me em Escrita, Alta Produtividade, Eneagrama e Escrita Terapêutica, bem como muitas formações que a área social me propicia.

Aliar a escrita terapêutica ao desenvolvimento pessoal, tornando cada um no agente principal da sua própria vida, foi o caminho que me trouxe até esta Escrita à Mesa.